Dune: Part 2 – Duna: Parte 2 [2024]
O melhor: A forma como a maravilhosa fotografia, o fantástico design sonoro e a imaculada realização nos transportam para aquele universo sem sequer darmos por isso. Mas o melhor é mesmo a história, eu… só conhecia a versão do Lynch que nos diz que a profecia é uma verdade absoluta e ele até faz chover em Arrakis. Podem imaginar o meu espanto quando vi que há toda uma mensagem por trás sobre falsas profecias, manipulação religiosa e inevitáveis tragédias causadas pela imutabilidade do espaço e tempo (aka destino).
O Pior: O ultimo terço é bom, mas demasiado curto. Acho que o momento em que as coisas começam a acelerar demais é após o reaparecimento da personagem do Josh Brolin, a partir daí parece que eles repararam que já não havia muito tempo e tiveram de apressar as coisas cortando muitas das pausas para respirar que o primeiro filme e a primeira parte deste filme tão bem nos dava. Se fosse eu, estendia-o para lá das 3 horas, sem medos. Estes filmes são oportunidades únicas como o Lord of the Rings também foi, há que ir fundo, sem medos. Se for 4 horas, 4 horas serão. Fuck it.
Melhor cena: Há muitas. Visualmente tem de ser a introdução do Feyd-Rautha na arena sob o sol de Giedi Prime. Nunca vi nada assim na minha vida, incrível! Mas a minha favorita é a primeira aparição do Paul como Kwisatz Haderach junto à “assembleia” Fremen. Impressionante o que o Timothée Chalamet, que até então vinha a retratar a personagem de forma comedida, imediatamente liberta-a para um completo frenesim levantando o fervor religioso dos Fremen. É um maravilhoso momento que mostra bem como o carisma e a religião conseguem manipular as massas.
Veredicto: Uma maravilha, certamente um dos, senão mesmo o melhor blockbuster dos últimos largos anos. Tenho alguma dificuldade em eleva-lo de imediato ao nível dum Empire Strikes Back ou dum Two Towers como meio mundo anda a tentar puxar, simplesmente porque é demasiado recente. O teste do tempo é o maior indicador da qualidade e durabilidade dum filme deste calibre. É certo que parece, em principio, ser digno figurante dentro desse grupo porque é realmente uma maravilha, mas vamos falar daqui a 20 anos 😀
PS: Foi bom o suficiente para me colocar a ler o livro (que espero trazê-lo daqui a umas semanas), portanto, impacto causou.
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