Relic [2020]

O melhor: Um triste, melancólico e comovente retrato da solidão, velhice, abandono e doença, tudo mascarado como filme de terror. O argumento é muito bem escrito e tremendamente elegante na forma como sabe construir, com a calma e contenção necessárias, toda uma estrutura narrativa com um magnifico desenlace. A cinematografia e realização constroem todo um … Continuar a ler

Velvet Buzzsaw [2019]

O melhor: À semelhança de Nightcrawler (e irei compará-los bastantes vezes) há uma crítica satírica central, neste caso ao mundo da arte moderna em vez da dos media, que acaba por ser interessante, mesmo que não tenha o mesmo impacto devido à qualidade geral do filme. O Pior: Acho que o seu lado menos sério … Continuar a ler

Hush [2016]

O melhor: A premissa é interessante e pouco vista em terror, ou seja uma protagonista surda que se vê obrigada a repelir o ataque dum assassino que tenta entrar em sua casa. Eu não gosto do subgénero de home invasion, mas esta diferente perspetiva fez-me despertar o interesse e de facto o filme eleva-se um … Continuar a ler

A Ghost Story – A História de Um Fantasma [2017]

O melhor: O existencialismo puro e duro que mostra o quão pequenos e insignificante somos no grande espectro do tempo e do universo, e esse é o verdadeiro terror de A Ghost Story. O design do fantasma poderia facilmente cair no ridículo, mas é impressionante o quão eficaz é, e como rapidamente colocamos de parte … Continuar a ler

The Ninth Gate – A Nona Porta [1999]

O melhor: O ambiente, atmosfera e sensibilidade europeia que empresta ao filme toda uma personalidade que encaixa às mil maravilhas com os seus temas sombrios e fantásticos, e que num universo menos cuidado e mais americanizado nunca funcionaria. Embora seja uma das obras menores de Polanski, ele comanda o filme duma forma tão precisa, segura … Continuar a ler

Cube – Cubo [1997]

O melhor: O conceito e a ideia central é bastante interessante, entrando quase em territórios de videojogo com a suas regras e diferentes níveis. O filme consegue transmitir, com um elevado grau de sucesso, todo um ambiente de claustrofobia e de desespero, o que é importantíssimo porque é a base de todo o filme, e … Continuar a ler

Frankenstein – Frankenstein de Mary Shelley [1994]

O melhor: Embora tenha diversas alterações e liberdades criativas (Victor transforma a Elizabeth num monstro), esta é DE LONGE a adaptação mais fiel do romance de Mary Shelley. Mas de longe mesmo. Todo o ambiente e recriação histórica da época é um bónus, embora nunca atinja os brilhantismos góticos da adaptação do Dracula do Coppola … Continuar a ler

The Exorcist III – O Exorcista III [1990]

O melhor: O ambiente e a atmosfera carregada dum completo e aterrador pessimismo e descrença no presente e no futuro, a fazer lembrar o que Silence of the Lambs e Se7en nos mostraria alguns anos mais tarde. É tudo muito sombrio e empresta ao filme uma forte personalidade e identidade. George C. Scott, aliás como … Continuar a ler

Sleepaway Camp – Acampamento Sangrento [1983]

O melhor: O final. É tão bom que quase redime todo o filme que, sejamos sinceros, é bastante fraquinho em quase todos os aspectos, sendo pouco mais que uma uma cópia barata de Friday the 13th, que por si só também não era um portento de qualidade. Mas aquele final é *french chef kiss* uma … Continuar a ler

Exorcist II: The Heretic – O Exorcista II: O Herege [1977]

O melhor: À falta de melhor acho que deve ser aquela espectacular voz radiofónica e gutural do Richard Burton. Basta ouvir a sua voz para parecer que estamos a ver um filme a sério. Mas não estamos. O Pior: Não queria ser mauzinho, mas é quase tudo, infelizmente. Desde a história carregada de LSD e … Continuar a ler

Young Frankenstein – Frankenstein Júnior [1974]

O melhor: Todo o amor e cuidado dado aos visuais e à atmosfera (ai aquelas maquinas de fumo para o nevoeiro <3) que emulam na perfeição os clássicos dos anos 30. A qualidade do contraste do preto e branco e aqueles jogos de sombras são deliciosos e uma prova também da qualidade da cinematografia. Gene … Continuar a ler

Taste the Blood of Dracula – Provem o Sangue de Dracula [1970]

O melhor: Nota-se uma evidente alteração de filosofia por parte da Hammer de todo o set design e feel do filme e cenários, deixando de lado o espetáculo de cores berrantes e optando por um look Vitoriano mais desaturado, cru, realista e… a coisa funciona, gostei bastante de toda a parte visual. Christopher Lee continua … Continuar a ler

Frankenstein Must Be Destroyed – O Barão Frankenstein [1969]

O melhor: Os elevadíssimos valores de produção para os standards da Hammer, acho que nunca cheguei a ver nenhum cenário de cartão pintado! No ultimo terço o filme consegue ganhar algum vapor e fecha de forma positiva, se bem que a mesma ideia (cérebros trocados e conflitos de personalidade) já tivesse sido explorada, de forma … Continuar a ler

The Pit and the Pendulum – O Fosso e o Pêndulo [1961]

O melhor: A atmosfera gótica com os seus cenários onde as cores fortes predominam e que tão bem refletem o revivalismo que o subgénero viveu no final dos anos 50 e inícios dos 60. O buildup para o twist final é bem elaborado e sabe levar o seu tempo, de certa forma repetindo o que … Continuar a ler

The Brides of Dracula – As Noivas de Drácula [1960]

O melhor: Para mim o Peter Cushing será sempre visto como a epítome do intelecto, suaveness e boas maneiras britânicas, mas fico constantemente impressionado pela sua fisicalidade e pela forma como não tem quaisquer problemas em rolar na lama e dar (e levar) uns valentes pontapés. Os visuais carregados de cores berrantes, tão típicos dos … Continuar a ler

L’inferno [1911]

O melhor: A representação da visão clássica do inferno, toda a mise en scène e set design, e a escala que, para um filme que começou a ser produzido ainda antes de 1911, é bastante impressionante e digna de nota. Os visuais e imagem que busca inspiração direta das ilustrações de Bartolomeo Di Fruosino da … Continuar a ler

Maratona Terror 2020 – 10º Aniversário

Como vão as coisas amigos? Estão a sobreviver bem a 2020? Este é um ano especial aqui no PixelHunt, não pelas questões pandémicas que andam a assolar o planeta, mas porque a habitual Maratona Terror atinge este ano o seu 10ª aniversário! Um verdadeiro marco histórico! Estive muito próximo de fazer uma seleção especial tendo … Continuar a ler

O que aprendi com a nova vaga francesa?

Se estão a ler isto, muito provavelmente estão a par do que se passou por aqui durante o mês de Maio. Ou então estão  ler isto em 2030 e vieram parar aqui por acaso. Se é esse o caso, ficam informados que em Maio de 2020, durante a crise do COVID-19, decidi fazer uma maratona … Continuar a ler

Le Samouraï – O Ofício de Matar [1967]

O melhor: A forma como Alain Delon consegue transmitir tanta presença por detrás duma fachada quase robótica e praticamente sem diálogos. Embora Le Samouraï seja mais um dos exemplos da nova vaga francesa (Le Samouraï ainda se pode caracterizar de tal?) que demonstra o fascínio por géneros tipicamente americanos, ou popularizado por Hollywood, neste caso … Continuar a ler

Pierrot Le Fou – Pedro, o Louco [1965]

O melhor: Jean-Paul Belmondo e Anna Karina têm uma óptima dinâmica e mostram porque são os ícones que são, atirando-se de cabeça e dando o máximo em todas as cenas, por mais ridículas e patetas que sejam, e há muitas. Todo o filme é tão surrealista, estranho e todas as personagens comportam-se duma forma tão … Continuar a ler

Les Parapluies de Cherbourg – Os Chapéus de Chuva de Cherburgo [1964]

O melhor: O irresistível charme, o lindíssimo aspecto visual carregado de cor e a forma como o mesmo vai mudando a cada capitulo espelhando o estado de espírito dos protagonistas. Mas o melhor foi mesmo o gradual processo de descoberta que fui tendo ao longo do filme. Inicialmente achei curioso todos os paralelismos com o … Continuar a ler

Bande à Part – Bando à Parte [1964]

O melhor: Os três protagonistas são demais! Adorei a dinâmica entre eles e a forma como a sua imaturidade e infantilidade rompe tão facilmente por entre a falsa fachada de seriedade que eles tentam construir, como se fossem crianças a brincar aos adultos. A realização do Godard é extremamente fresca, cool e criativa, e oferece … Continuar a ler

Le Mepris – O Desprezo [1963]

O melhor: Gosto muito do visual a preto e branco, mas mentiria se não dissesse que o salto para cor (o primeiro filme desta maratona, se excluirmos a cena inicial de Cleo de 5 a 7) é impressionante e uma mais valia, especialmente com as paisagens de cortar a respiração em Capri e os jogos … Continuar a ler

Vivre sa vie – Viver a Sua Vida [1962]

O melhor: A extraordinária presença e carisma de Anna Karina que brilha e enche todas as cenas. A composição da narrativa em 12 mini histórias de 10 minutos funciona muito bem, e ajuda a sua história a fluir duma forma muito mais natural do que se tivesse que o fazer linearmente. E a história em … Continuar a ler

Jules et Jim – Jules e Jim [1962]

O melhor: A realização é muito móvel, solta, criativa e fluída. Não sei se Truffaut tinha aqui um bom orçamento, mas pelo menos assim parece, porque o filme está carregado de cenas bem arrojadas, temos crane shots, temos imagens aéreas, tracking shots, câmeras portáteis em bicicletas e por aí fora. O trio de protagonistas são … Continuar a ler